Agricultores de Aracruz aprendem a aumentar produtividade, preservando a Mata Atlântica

Nesta quinta-feira (23), cerca de 50 agricultores de Aracruz e região estiveram reunidos na Câmara de Vereadores para participar do II Seminário de Meio Ambiente para Produtores Rurais. O objetivo do encontro foi ajudar os agricultores a adequar suas propriedades, de acordo com as leis ambientais vigentes, e ainda, oferecer conhecimento para que eles possam contribuir para a defesa da Mata Atlântica remanescente no município.
"A visão de que o desenvolvimento agrícola é inimigo do meio ambiente já está ultrapassada. A nossa intenção é mostrar que é possível combinar as duas coisas, até porque sem os recursos naturais, não há como produzir. Em uma propriedade preservada, pelo contrário, é possível produzir mais e melhor", destaca o secretário de Agricultura, Sebastião Bianchini.
A primeira palestra do dia foi ministrada pelo coordenador técnico da Secretaria Estadual de Agricultura, Pedro Luis Pereira Teixeira de Carvalho, que falou sobre o Programa Campo Sustentável, uma das alternativas de Programas Governamentais de Adequação Ambiental de Propriedades Agrícolas desenvolvidas pelo Governo Estadual. Com o slogan "Produzir sustentando, sustentar produzindo" o programa oferece assistência técnica, mudas de árvores nativas e gêneros agrícolas, além de premiação em dinheiro, para os produtores associados.
A exigência é que os agricultores se adequem a lei ambiental, reservando 20% de sua propriedade para uma área de reserva legal, e façam as ações de preservação e recuperação necessárias, para garantir o desenvolvimento desse terreno de mata nativa. Para demonstrar aos presentes, como a adesão ao programa pode ser positiva, o coordenador apresentou dois exemplos comuns de propriedades rurais encontradas no nosso Estado.
Em um deles, onde se via uma propriedade degradada, as áreas descobertas de vegetação, estavam tomadas pela erosão; as poucas árvores existentes pioravam a seca, levando a queimadas que empobrecem o solo; e a terra desprendida das encostas provocava o assoreamento dos rios. O cenário mostrava ainda outras práticas negativas, como o uso indiscriminado de agrotóxicos.
Já no exemplo da propriedade preservada, o plantio em curva de nível e os topos de morros preservados, ajudam a segurar o solo, evitando erosões e o assoreamento dos rios, e ainda, aproveitando uma área pouco explorada; as culturas diversificadas evitam que o produtor seja prejudicado por maus momentos do mercado; áreas de floresta em meio a plantação melhoram o clima e atraem animais que agem como uma proteção natural contra pragas, descartando o uso de agrotóxico; entre outras ações.
Para que os agricultores pudessem conhecer melhor essas práticas, a pesquisadora do Incaper, Maria da Penha Padovan, apresentou e distribuiu a cartilha "Sistema Agroflorestal" produzida pelo órgão, que fala justamente, sobre essa integração entre diferentes cultivos agrícolas e mata nativa nas propriedades rurais. "A gente quer mudar o jeito de fazer para ter mais produtividade e menos dano para o solo, rios e árvores. E podem ter certeza que áreas degradadas produzem menos", destacou a pesquisadora.
A última palestra do dia alertou os produtores para uma exigência legal que muito deles desconhecem: a necessidade de georreferenciamento das propriedades rurais. Conforme explicou a Engenheira Agrimensora do Incra Quêidimar Cristina Guzzo Rodrigues, a Lei Federal 10.267/01 exige que determinados produtores façam o levantamento topográfico por GPS sempre que forem vender, desmembrar ou transferir sua propriedade. A razão é que a tecnologia identifica a localização real do imóvel, evitando a sobreposição de matrículas de propriedades rurais.
INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Aracruz – Tâmara Freire – Tel: (27) 3296-4507 – E-mail: comunicacao@pma.es.gov.br / tcardoso@pma.es.gov.br
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