Ontem (01/12) à noite, no Teatro Municipal “Prof. Dr. José Maria Coutinho” aconteceu o encerramento do Projeto “Educação Alimentar” desenvolvido no CMEI “Epifânio Pontin” desde março deste ano, com 212 crianças da Educação Infantil. Aproximadamente 750 pessoas estiveram presentes no evento, entre eles autoridades municipais, professores, Auxiliares de Professor de Educação Infantil (APEI's), pedagogas, alunos da escola “Epifânio Pontin”, além de pais e familiares. Durante a execução do projeto os alunos contaram, fabricaram, sonharam, degustaram e transfomaram diversos materiais e alimentos, e, nesta quinta-feira trouxeram tudo em forma de cor, movimento e música no espetáculo “Educação Alimentar”.

Diversas apresentações dos alunos da escola emocionaram os presentes e na abertura do espetáculo teve a apresentação da Banda Marcial da escola “Ermentina Leal”, de Vila do Riacho. A secretária de Educação, Ilza Rodrigues, passou uma mensagem aos pais e familiares dos alunos. “Uma escola só se torna forte com a participação dos pais. A família tem a obrigação de acompanhar o que se passa com seus filhos na escola, pois os filhos são heranças que deixamos na sociedade. Por isso, as nossas escolas ajudam vocês pais a cuidarem de seus filhos. Escutem-os sempre e digam a eles o quanto vocês os amam“.

O prefeito, Dr. Ademar Devens falou sobre o bom resultado alcançado pelas escolas municipais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Graças a dedicação de nossos professores, diretores e da qualidade de ensino em nossas escolas, os nossos índices no Ideb referente à Prova Brasil de 2009, foram superiores a meta projetada pelo Ministério da Educação para o município. Só pra se ter uma ideia, cinco escolas municipais alcançaram nota acima de 6,0, que é a meta de nota mínima nacional projetada para 2021”, destacou.

Para a mãe dos alunos da Educação Infantil, Gabriel (04) e Beatriz (02), Tatiane Queiroz Monte (30), a iniciativa da escola com o projeto foi importante para desenvolver a autonomia no processo de alimentação das crianças. “Percebi em casa que as crianças começaram a escolher o alimento que desejam comer, como legumes e verduras, e a escolher os talheres que desejam utilizar durante a alimentação. Além disso, como são as crianças que escolhem o que querem comer, percebi que o desperdício de alimentos começou a ser evitado. Hoje, elas têm consciência sobre o processo pelo qual o alimento passa para chegar aqui em casa”.

De acordo com a diretora da escola, Iramaia de Oliveira Rabello Campagnaro, a ideia do projeto surgiu durante a formação continuada, onde os profissionais da escola estudaram o parecer CNE/CEB 20/2009, que trata das novas diretrizes curriculares nacionais para a Educação Infantil. “Durante a formação percebemos que não estávamos planejando situações nas quais as crianças fossem ensinadas a se servirem sozinhas. Por isso, a equipe de coordenação pedagógica se mobilizou no sentido de envolver todos os profissinais da escola na elaboração de um plano de ação que tornasse o tempo de alimentação e o espaço do refeitório em um tempo e espaço educativo, ampliando assim as experiências de aprendizagem das crianças sobre essa temática”.

Ainda segundo Rabello, percebeu-se a necessidade de envolver de forma mais intensa os professores, as crianças e suas famílias, uma vez que o processo de alimentação não ocorre somente no momento de ingestão do alimento, mas envolve uma série de processos, desde a germinação, origem, preparação, higiene, mastigação, ingestão, digestão e o destino correto do lixo produzido durante o processo de consumo dos alimentos.

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