O pioneirismo nas ações em favor do meio ambiente de Aracruz já fez da prefeitura, exemplo em todo Estado. Com o intuito de gestão responsável e nos moldes da sustentabilidade, a Secretaria de Meio Ambiente (Semam), da Prefeitura de Aracruz, tem se tornado um destaque natural entre administrações públicas e a conseqüência, reiterada por uma legião de seguidores, é uma longa lista de prefeituras capixabas. Vitória, São Mateus, Venda Nova, Linhares, Anchieta, Guarapari, Marataízes, Presidente Kennedy, Jaguaré, Fundão, Santa Teresa, Muniz Freire, Pinheiros e até Teixeira de Freitas, que fica na Bahia, já vieram estudar o modelo de Gestão Ambiental aplicado em Aracruz e agora foi a vez de Marilândia. O prefeito eleito da cidade, Géder Camata, agendou uma reunião com o secretário de Meio Ambiente de Aracruz, o biólogo Valber Campores, na tarde da última quinta-feira (11) para conhecer e levar para sua administração o padrão bem-sucedido de Gestão Ambiental.

Às 14h, na sala de reuniões da secretaria, Campores fez uma apresentação explicando um passo a passo das medidas necessárias para se inserir a gestão ambiental plena em um município, para o prefeito eleito de Marilândia, o novo secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Acácio Franco, e para a bióloga Mariana Lorenzoni, que vai auxiliar na implantação. Valber Campores explanou sobre a obrigatoriedade, prevista em lei, dos municípios assumirem o papel de licenciadores para as atividades de impacto local e retirar o encargo do IEMA, que deixaria de agir somente como órgão suplente. “Não existe segredo, é só cumprir a lei. Se os municípios capixabas implantarem um código de meio ambiente, criarem o conselho (municipal de meio ambiente) e estruturarem uma equipe exclusiva para fazer o trabalho, não há gestão ambiental que dê errado. A atitude da nova administração em Marilândia é louvável e demonstra a preocupação de um prefeito em buscar o que dá certo em outros lugares. Este é o momento ideal, porque é imediato. Marilândia é um município pequeno e a implantação tem tudo para dar certo, já que não existem grandes empreendimentos industriais e a cultura dominante é agrícola, com destaque para o café”, animou o biólogo.

Justamente pela predominância da cafeicultura e pela necessidade de irrigação de toda a plantação, o prefeito eleito de Marilândia (cidade que tem arrecadação mensal de R$ 1,2 milhão em 10 mil habitantes) buscou conhecer principalmente a gestão dos recursos hídricos. “Nós temos problemas com a seca, já que a maior parte da área rural é de pequenos agricultores e nosso café é todo irrigado. Na nossa questão ambiental, a maior preocupação é com a água e precisamos saber o que está dando certo em Aracruz para compartilhar esse conhecimento, já que hoje em dia, o meio ambiente divide a mesma preocupação que a saúde e a educação”, explicou Camata.

O secretário de meio ambiente de Aracruz sugeriu uma série de atitudes para melhorar o trabalho de uma prefeitura em vários aspectos, desde a Gestão Ambiental, até dicas de arborização em calçadas. A bióloga de Marilândia, Mariana Lorenzoni, solicitou cópia dos projetos e legislações ambientais utilizadas em Aracruz para estudo e adequar o material à realidade do município. No fim da reunião, Lorenzoni revelou a satisfação pelo contato com a Semam. “Aracruz é referência no Estado inteiro, e até mesmo no país, no que diz respeito à Gestão Ambiental. Fiquei satisfeita quando me indicaram a Prefeitura de Aracruz para consulta de projetos e constatei a eficiência e hospitalidade do município”, afirmou a bióloga.