Com o objetivo de discutir o reforço nas estratégias de mobilização para o combate a dengue, o prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri junto com o secretário de Saúde, Evilasio Oliveira Costa participaram na manhã de ontem (23), no Salão São Tiago, no Palácio Anchieta em Vitória, do encontro com o Ministro de Saúde, Alexandre Padilha que veio ao Espírito Santo reforçar as ações de controle da doença no estado e municípios. Com o tema “Minha cidade é minha casa. ES enfrentando a Dengue” o encontro buscou somar esforços com os municípios e consolidar o processo de mobilização da sociedade no combate à dengue. A solenidade que teve a presença do governador, Renato Casagrande, contou com a participação de quase 40 prefeitos dos municípios capixabas, secretários estaduais e municipais, representantes de entidades de Saúde e de organizações não governamentais. O encontro teve início com o coordenador nacional de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, destacando a necessidade de se investir na rede de atenção básica à saúde. De acordo com o ministério, a maioria das pessoas que morre de dengue buscou atendimento em dois ou mais postos públicos. "Infelizmente, sabemos que numa situação de epidemia de dengue esses serviços ficam superlotados. O paciente acaba competindo com um paciente baleado ou acidentado". Coelho ainda fez um alerta aos profissionais de saúde: "O fato do paciente com dengue chegar à unidade com dor abdominal forte e vômito já é um sinal de que ele vai agravar. Muitos pacientes nos 'avisaram' que iriam morrer".

O secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, apresentou as ações realizadas no Espírito Santo contra a doença e o plano de enfrentamento da dengue. Ele citou os principais focos do mosquito Aedes aegypti e fez um alerta à população. “Toda ação ainda será pouca para combater a dengue”. Marino informou que os principais focos do mosquito estão nas residências. “Quase um quarto dos criadouros (24%) do mosquito da dengue está em reservatórios de água. A maioria deles (28%) é identificada em objetos como pneus e vasilhas que acabam servindo de esconderijo para larvas. No ano passado, o Estado registrou quase 41 mil casos da doença. Dezesseis pessoas morreram de dengue e outras quatro mortes ainda estão sob investigação no Estado”.

No Espírito Santo, somente nos primeiros 20 dias deste ano, 1.294 casos de dengue já foram registrados. Desse total, 23 são da forma grave da doença, seja por complicações decorrentes de outras enfermidades, seja por suspeita de dengue hemorrágica. Com a atualização do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), passam de dez para 16 os estados com risco muito alto de epidemia. São eles, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os estados com alto risco de enfrentar epidemia neste começo de ano.

O governador Renato Casagrande, ressaltou que a dengue é uma doença complexa e que desafia o país. “O combate ao mosquito transmissor exige a conscientização e a participação de todos. Não podemos nos acomodar. Temos de utilizar o conhecimento científico e mobilizar a sociedade para enfrentar esse desafio”. Casagrande agradeceu a visita do ministro da saúde e destacou que a presença dele na solenidade ajuda a fortalecer o trabalho de mobilização que o governo do Estado vem fazendo junto aos municípios, aos profissionais de saúde e à população. O governador aproveitou para pedir que todos os presentes sejam multiplicadores das informações repassadas no encontro junto às suas comunidades.

O prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri, reforçou a importância de toda sociedade se mobilizar para combater o mosquito. “A dengue mata e é difícil para a prefeitura, sozinha, resolver esse imenso problema de saúde pública. É fundamental o papel da mobilização, da educação e da informação para a prevenção”. Segundo o secretário de Saúde, Evilasio Oliveira Costa, “a cidade está em alerta constante. Trabalhamos insistentemente com nossos profissionais nas ruas, mobilizando a sociedade para combater a dengue. O importante nisso tudo é contar com o apoio da população para que ela também faça a sua parte”.

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